Por um dia, as jogadas dos partidos que ameaçam deixar-nos sem Orçamento de Estado foram reduzidas pelas televisões a uma nota de rodapé, porque está lá tudo, na saga dos mineiros: o imprevisível, a catástrofe, o risco máximo, o sofrimento, a coragem, o combate e a persistência. Está lá o know-how tecnológico, a solidariedade internacional, a vontade, o trabalho e a competência. Está lá tudo: a resistência humana, a fé, o apego à vida, o espectáculo, o voyeurismo, a política e o sabor da vitória.
Uma lição para todos. Subitamente, a ida de quatro banqueiros à sede do PSD para convencer Passos Coelho a viabilizar o orçamento de Sócrates passou a tema secundário, a tema esgotado, a tema sem sentido. A saga do orçamento português também está a chegar ao fim. Infelizmente, neste caso, falta nobreza ao argumento e grandeza às personagens.
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