
Seria realmente bom que tal fosse evitável, mas nunca com esta proposta de solução. Seguro mostra não estar à altura de quem aspira ser Primeiro Ministro. Numa situação tão adversa, pretender manter a linha da cosmética contabilista histórica em Portugal, como solução para um problema orçamental estrutural.
É de uma gritante irresponsabilidade e incompetência. Estas operações, deviam ser neutrais do ponto de vista do défice orçamental pois não só transferem em simultâneo activos, como elevadas e suicidas responsabilidades financeiras presentes e futuras.
Foi o continuado recurso a este tipo de expediente que permitiu a permanente camuflagem de décadas de despesismo público e gestão danosa, que nos lançaram na actual situação financeira e por consequência económica.
Todos - e aqui não há inocentes nos PS, PSD e CDS - os políticos que tomaram essas decisões desastrosas, é que são os verdadeiros culpados de todos estes sacrifícios, com aumento de impostos, cortes sem precedentes nas regalias sociais e nos direitos que julgávamos adquiridos.
O que posso afirmar a José António Seguro, é que, os sacrifícios são inevitáveis. Não tenho é a certeza que as actuais medidas de austeridade preconizadas nos vão levar a bom porto. No entanto, tenho três certezas:
1-Não é com as operações de cosmética do défice propostas por Seguro que vamos lá, definitivamente;
2-Os sacrifícios não deveriam recair sempre sobre os mesmos, invariavelmente;
3-Por uma vez, ao menos, deveriam ser apurados os responsáveis pela situação em que nos encontramos.
Mas não tenho muitas esperanças....estamos em Portugal e ninguém aprende com os erros passados!
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