
Cavaco Silva foi esta semana colocado por duas vezes numa situação embaraçosa, durante a visita oficial à República Checa. O seu anfitrião e colega de carreira Vaclav Klauss não se inibiu de fazer a Cavaco o discurso da boa e da má moeda e sublinhou que é impensável o défice que Portugal atingiu.
Cavaco, que, no seu fato de Presidente da República, tem, por vezes, que esquecer o passado de professor de economia, quis disfarçar a reprimenda e chegou a fazer o discurso fantasioso de Sócrates, ao dizer que, daqui a pouco tempo, Portugal estará em condições de ultrapassar a República Checa.
Defender o país, particularmente além fronteiras, é obrigação do Presidente da República. Fazê-lo à custa de fantasias e ilusões é a pior forma de nos defender, quer para a nossa credibilidade externa, quer para os portugueses, que já vai sendo tempo de se convencerem que os tempos são realmente muito difíceis e que sem sacrifícios podemos mesmo acabar muito mal.
Poupar é preciso!
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