quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mais do mesmo III

Pedro Nuno Santos, deputado, vice-presidente da bancada socialista, propõe que ameacemos os nossos credores externos, que ela acha serem so­bretudo bancos alemães, com não pagar as dívidas. Em pânico, os credores logo nos dariam facilidades, aliviando a austeridade. O presidente da bancada do PS não se demarcou claramente desta proposta, que aliás está em sintonia com o tema central do parti­do: diminuir a austeridade.

É pena que as consequências de tal ameaça e, no limite, de não pa­garmos as dívidas aos credores externos, não sejam propriamente menos austeridade. Se Portugal tomasse tal posição, suspendia-se a vinda do dinheiro da troika. E ficava fechado o já muito difícil e caro acesso a empréstimos externos. Não poderíamos, então, financiar o excesso daquilo que ainda gastamos acima do que pro­duzimos - cerca de 8% do PIB.

Ah! faltava referir um pormenor de pouca importância para o Sr. Pedro Santos, secundado esta semana pelas iluminadas afirmações do ex-PM, Engº José Sócrates:
o Estado não poderia pagar boa parte dos salários e pensões. Os bancos faliam. A economia entraria em total colapso, com o PIB a cair à volta de 40%, as pessoas perderiam cerca de 50% do valor patrimonial detido!!!

Que importa? É esta "redução" de austeridade que o referido deputado quer? Pelos vistos o PS não aprendeu nada com os últimos anos da desastrada governação? Há alguém que lhes explique, p.f.?....

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