
O último argumento da superioridade democrática socialista caiu por estes dias. Os que gritaram contra o défice democrático da Madeira e do seu líder, bem podem agora engolir os discursos inflamados. Carlos César é a nova versão socialista de Alberto João Jardim.
Com falinhas mansas e discurso aparentemente moderado, o presidente do Governo Regional dos Açores, age com o continente tal e qual como o seu colega da Madeira, mas como é socialista, o seu comportamento democrático é inquestionável para o poder instalado.
A verdade é que César, tal como Jardim, não hesita em criticar o poder presidencial e em pôr em causa as regras que o Governo central estabelece para todos os portugueses. E a verdade é que Sócrates, tal como noutros tempos líderes social-democratas, come e cala, com a arrogância de um presidente regional que se considera, no meio do Atlântico, imune aos sacrifícios nacionais. Como se o dinheiro que agora distribui aos seus eleitores, não lhe fosse entregue, com sacrifício, pelos contribuintes do continente.
Ficamos a saber que a arrogância e a falta de solidariedade nacional em Portugal só são censuradas se vierem de um perigoso reaccionário do PSD, se forem feitas em nome do socialismo, são um gesto de progresso e democracia.
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